A literatura de cordel, gênero literário muito popular no Norte e Nordeste, foi reconhecida por unanimidade, hoje pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
A literatura de cordel surgiu na Espanha e em Portugal no século 16, mas alcançou sua maior difusão no nordeste brasileiro, onde ainda tem grande importância para a propagação cultural e de informações. Característico por sua impressão em folhetos simples e pelas xilogravuras, o cordel apresenta versos e poemas populares que tratam dos mais variados temas.
O cordel chegou ao Brasil no século 19 e se tornou um gênero próprio ao se apropriar de relatos orais brasileiros e transformá-los em versos. Apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel atualmente é disseminado por todo o Brasil principalmente, por causa do processo de migração de populações.
De acordo com o Iphan, a literatura de cordel está presente ao menos 13 estados e "reflete o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas sobre fatos vividos ou imaginados".
O gênero ganhou esse nome devido à maneira como os folhetos eram originalmente expostos ao público, pendurados em cordões. Entre suas características se destacam as métricas e rimas específicas e sua produção artesanal.
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