Texto baseado na poesia VIDA SERTANEJA - PATATIVA DO ASSARÉ
Não sou matuta, não sou sertaneja,
e graças a Deus não sou pobre.
Não tenho gado mas não falta queijo,
os ouro são falso e não sei nem o que é cobre.
Sou Recifense e sou "praiêro",
também trabalho o dia inteiro,
no inverno ou no verão
Mas admiro os rocêro, de mãos calejada,
sofrendo na quentura do sertão.
Por força da natureza,
ou por amor aos dialetos nordestinos,
escrevo o amor, diversidade e até a desnutrição dos nossos meninos.
Não gosto muito de falar de riqueza ou de qualquer tipo de glória,
Os heróis de hoje em dia, para mim jamais farão história.
É Tudo abusando com os seus brazão,
Nem o mar mais escapa.
Com tanta enchente e inundação,
também canto minhas mágoas em ver lá no meu sertão
os pertences perdidos por cada cidadão.
Assim como Patativa,
venho falar dessa gente,
que trabalha feito um doente,
e no fim do dia tá tudo contente.
Sem estudo e sem leitura,
Se sente alegre e feliz,
Sem saber que no seu próprio país ocorre a maior corrupção da terra,
Sem sabê se existe guerra, sem saber da violência.
Gente sem malícia,
que só tem pureza no coração.
CABÔCO que, nesta vida,
nunca lhe falte comida,
paz, honra e plantação.
E assim, pelejando tanto,
sem ter inveja de seu vizinho,
goza a vida despreocupado
Mas, por infelicidade
sofre da desigualdade, apenas por ser um nordestino no meio da nobre humanidade.
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