1837
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Primeira lei de educação: negros não podem ir à escola
1850 -
Lei das terras: negros não podem ser proprietários
1871 -
Lei do Ventre Livre -
liberdade nenhuma
1885 -
Lei do Sexagenário -
quem sobrevivia para ficar livre? Os negros viviam, em média, até os 40 anos.
1888 -
Abolição (foram 388 anos de escravidão)
1890 -
Lei dos vadios e capoeiras -
os que perambulavam pelas ruas, sem trabalho ou residência comprovada, iriam pra cadeia. Dá para imaginar qual era a cor da população carcerária daquela época? Você
sabe a cor predominante nos presídios hoje?
1968 -
Lei do Boi: 1.ª lei de cotas! Não, não foi pra negros, foi para filhos de donos de terras, que conseguiram vaga nas escolas técnicas e nas universidades.
1988 -
Nasce nossa ATUAL CONSTITUIÇÃO. Foram necessários 488 anos para ter uma constituição que dissesse que racismo é crime! Na maioria das ocorrências se minimiza o racismo como injúria racial e nada acontece.
2001 -
Conferência de Durban, o Estado reconhece que terá que fazer políticas de reparação e ações afirmativas. Mas, não foi porque acordaram bonzinhos! Não foi sem luta. Foram décadas
de lutas para que houvesse esse reconhecimento! Hoje lembramos apenas de uma tal Princesa Isabel, que por pura pressão, assinou a lei áurea, esquecemos os milhares de negros, escravos e ex-escravos mortos, verdadeiros heróis de sua própria história.
2003 -
Lei 10639
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estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "
História e Cultura Afro-Brasileira"
.
2009 -
1a
Política de Saúde da População Negra. Que prossegue sendo negligenciada e violentada no sistema de saúde.
2010 -
Lei 12288
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Estatuto da Igualdade Racial. Em um país que se nega a reconhecer a existência do racismo.
2012 -
Lei 12711
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Cotas nas universidades. Acompanhando uma revolta da casa grande sob um falso pretexto meritocrata.
Nossa sociedade é racista e ainda escravocrata e essa linha do tempo está aí pra evidenciar. A luta nunca acabou...
Ela é diária e real para negros e favelados.
Autor: Geraldo Ramalho
Triste isso!
ResponderExcluirTema extramente relevante abordado pelo escritor pernambucano Geraldo Ramalho, parabéns
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